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"É estranho se sentir sendo absolutamente nada. Um nada composto de algumas experiências que passam a valer nada, quando se percebe que nada se é. Há também vantagens que contribuem com evidências de teorias sobre o nada como corpo da totalidade das coisas. Sendo assim, com ou sem substância, enquadrado ou não em teorias, há um constante vazio repleto de pequenas faltas; de ausências que vagam entre o ser e o não ser, o estar e o não permanecer, como se o que falasse fosse, a cima de tudo, um eu não existente, produto de uma lacuna muda da vida que a mim nunca pertenceu. O que a nos atrai em ser nada, é a falta de humildade do reconhecimento público e pessoal de que nada se sendo, tudo se É. E na tentativa da anulação do ser egoístico que sempre nos vence um round após outro, nocauteamo-nos prazeirosamente, tendo um infinito orgasmo coletivo entre o eu, o me e o mim mesmo, gritando sem pudor que se quer mais, sempre mais - Gozamos à deriva de uma grande lacuna de nada, circund