Domingo, dia 29 de julho de 2012 - Esta foi a data que escolhi para iniciar um blog, onde dividirei algumas es/historias pessoais, poesias de minha autoria, fotografias onde expresso tambem minhas visoes sobre o mundo onde vivo/exploro, e para reconfortar-me com minha lingua nativa. Acordei hoje com o impeto de reavivar minha memoria e registrar em forma de contos novos, poesias frescas e imagens que me reinterpretam sem palavras, tudo o quanto penso e penso ser interessante dividir com os iguais.Nao sou muito disciplinado mas tentarei postar o maximo que puder, sem com isso perder a essencia daquilo que gostaria de expressar da forma mais verdadeira e profunda. Claro que tambem serei reinventado em cada texto, revestindo-me das indumentarias necessarias para aquele dia em especial. Acredito que escrever e tambem uma forma de gritar, de espernear, de sacudir os mundos verbal e escrito fazendo-os parte de uma revolucao constante de movimentos, onde a intencao sempre me dara as redeas certas para a composicao do fato literario. Haverao dias em que estarei mais inspirado que os outros, mas ainda assim tentarei dar a tecnica prioridade, garantindo assim a veracidade de meu sentimento e o respeito pelo que sinto e escrevo. Vamos seguindo, e comecemos entao nossa caminhada em direcao daquilo que a nos todos espera.
"Posa na penumbra de minha mesa A mariposa em vermelho, intoxicada. Escorre pelos cantos de seus lábios Visivelmente surrados pelo roçar Da violência que lhe consome a carne, a última gota de alcool. Olha-me com certa distância E o forte odor dos tragos alheios Faz exalar de seu corpo Uma onda viva de forte tabaco. Ofereço-lhe água, e ela sorri, já condenada Pelo destino que ali A fez pousar - nada mais A purifica, a não ser Meus pensamentos. Em silêncio toca-me a boca E sussurra palavras Que não sei decifrar. Seus pés vagueiam por baixo da mesa, E um velho escarpin de salto rompido Parece agonizar, Na busca de um par similar Que lhe complete o passo, Que lhe estimule o ritmo, Que lhe conceda a ùltima dança. Bebo o derradeiro gole da água Que me mantém lúcido E como a brisa Suavemente me afasto Deixando a mariposa viver Seus minutos restantes De efêmera vida." Joao Brandao , New York City, Quarta-Feira, 3 de junho de 2015, 10:02 da manhã.
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